Geólogo já foi titular do setor em outros governos e esteve à frente do CPRM no Amazonas; setor primário fica em evidência na nova gestão
Daniel Nava e Ângelus Figueira (Reprodução/Facebook - 08/abr/2022)
O geólogo Daniel Borges Nava é cotado para assumir a Secretaria Executiva de Mineração, Energia, Petróleo e Gás (Semep), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).
Ele esteve reunido com o novo titular da Sedecti, Ângelus Figueira, no último dia 8.
Nava foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).
No Governo Lula, foi superintendente regional do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM).
Na esfera estadual, serviu aos governos de Eduardo Braga (MDB), Omar Aziz (PSD) e José Melo (PROS).
Na Era Braga, o geólogo foi titular da pasta executiva de Geodiversidade e Recursos Hídricos, ligada à então Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (SDS), hoje Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
Em 2011, já no governo de Omar, assumiu a titularidade da nova Secretaria de Estado da Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos, cargo que ocupou até gestão de José Melo (quando a secretaria foi extinta e a pasta foi absorvida pela Seplan-CTI, que se tornaria anos depois a Sedecti).
Professor e pesquisador da área na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Nava tem mestrado e doutorado Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia e atualmente é analista ambiental do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
Além de Nava, no encontro no dia 8, cinco dias antes de ser empossado, Ângelus Figueira também reuniu com Valdenor Cardoso (ex-Sepror e ex-Idam), o “Bolacha”, que também assumiria uma pasta executiva na Sedecti, além do pesquisador Sérgio Duvoisin (UEA), do diretor-presidente do Idam, Tomás Igo, e do secretário de Produção Rural, Petrúcio Junior.
O encontro foi registrado por Ângelus nas redes sociais. “O diálogo com o setor primário é essencial para este novo desafio que assumo”, escreveu.
A Sedecti também tem forte ligação com a indústria. Na quinta-feira passada, dia 14, por exemplo, uma das primeiras agendas oficiais de Ângelus e Valdenor foi com o presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Antonio Silva.
Mas, Ângelus terá sua “prova de fogo” junto ao setor industrial na próxima quarta-feira (20), quando comandará sua primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), ocasião em que serão apreciados projetos empresariais que pretendem se instalar por aqui e o colegiado decidirá se aprova ou não os incentivos fiscais estaduais para os empreendimentos.
Ângelus Figueira é engenheiro civil. Ex-deputado e ex-prefeito de Manacapuru, ele tem perfil mais político e assume entre suas bandeiras a defesa do setor primário, sobretudo dos pequenos produtores.
O antecessor dele na Sedecti, Jório Veiga, tem perfil mais técnico. Também engenheiro civil de formação, atuou por quase 30 anos como executivo ligado ao setor industrial. Entre vários cargos na companhia, foi diretor de Operações da América latina da Coca-Cola.
Foi ainda integrante do Centro das Indústrias do Estado Amazonas (Cieam) e a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), entidades que recentemente fizeram nota agradecimento público pela sua gestão na Sedecti, onde estava desde o início do governo de Wilson Lima (União).